sexta-feira, 28 de março de 2008

O Segredo do Big Brother




Chega ao fim mais uma edição do Big Brother Brasil. Quer exemplo maior de mistura entre o que é real e o que é ficção? Muitos “intelectuais”, jornalistas, ou até mesmo “cidadãos comuns”, criticam este tipo de programa, por achar fútil e sem cultura. Já o jornalista Pedro Bial, apresentador do programa, diz que Big Brother é tão cultura quanto Guimarães Rosa. Seria então Pedro Bial, um sem cultura? Acho que as pessoas confundem um pouco o conceito de cultura.

O que é cultura?

Pois bem, cultura é o conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade. Uma pessoa pode ter a cultura, por exemplo, de lavar as mãos antes de comer. Outra, pode ter a cultura de não passar por debaixo de escadas. Uma sociedade pode ter a cultura de crer em determinado “santo”, ou folclore. Cultura e educação são duas coisas distintas. Portanto, esta questão de que os “reality shows” são para pessoas sem cultura, já está ultrapassado. O interessante, é que todos criticam tais programas, mas esta oitava edição do Big Brother Brasil, bateu todos os recordes de audiência dos programas anteriores. Na final, por exemplo, foram mais de setenta milhões de votos.

Espiadinha

O fato é que observar a vida alheia já faz parte da nossa cultura, incitado principalmente pela mídia. Ninguém consegue ficar, como diz Bial, sem dar aquela espiadinha. Pode não ser no Big Brother, mas quem nunca reparou na vida de outra pessoa? Saber como se comportam as pessoas dentro de casa, quais são seus maiores conflitos, se alguém tem o mesmo problema que o seu, é comum de acontecer. Pois então, está aí a receita. Pessoas dispostas a mostrarem suas “realidades”, sendo vigiadas por câmeras 24h por dia. Não é o máximo? Assim, ninguém precisa bisbilhotar a vida do vizinho.rs...

A propósito, a maioria dos participantes que se inscrevem para o programa, busca a fama. Vivemos em uma era, em que a maioria das pessoas leva bem a sério o que Andy Warhol, pintor e cineasta norte-americano, disse: que “todos no futuro terão direito a quinze minutos de fama”.

O Big Brother

O Big Brother Brasil (BBB) é um reality show que teve a sua primeira edição realizada em 2002. É a versão brasileira do reality show Big Brother, que teve a sua primeira edição mundial realizada em 1999 na Holanda. O nome do programa deve-se à novela 1984, escrita em 1948 por George Orwell, no qual o Big Brother (ou Grande Irmão como foi traduzido nas versões lusófonas do livro) é o líder que tudo vê da Oceania. Líder este que governa o mundo ocidental em um futuro fictício. Representado pela figura de um homem que provavelmente na trama não exista, vigia toda a população através das chamadas teletelas, governando de forma despótica e manipulando a forma de pensar dos habitantes. O programa consiste no confinamento de um número de participantes (na maioria das edições, 14 ao todo) em uma casa cenográfica sendo vigiados por câmeras 24 horas por dia, sem conexão com o mundo exterior. Os participantes não podem falar com seus parentes e amigos, não podem ler jornais ou usar de qualquer outro meio para obter informações externas.

Pois bem, não podemos negar que às vezes pensamos que a grama do vizinho é mais verde. Portanto, para aqueles que gostam do programa e também para os que não gostam, um aviso: O big Brother Brasil vai continuar no mínimo até a décima primeira edição.

A gente continua de olho!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Arte, Realidade e Ciência - A ligação

Durante muitos séculos, a arte procurou imitar a realidade, principalmente as artes visuais como a pintura, o desenho e a escultura. O valor do artista estava, então, na sua capacidade de imitar a natureza com fidelidade e perfeição. As obras desse período em que prevalece a arte figurativa transmitem pequenas narrativas e informações preciosas, tais como os traços da personalidade da pessoa, detalhes do nível social e da forma de vida, referências às circunstâncias históricas e aos costumes, etc. Essa exigência de copiar a realidade vem dos gregos e romanos, ou seja, da antigüidade clássica.

Mudança

Entretanto, as manifestações artísticas se modificaram e se libertaram dessa necessidade de retratar fielmente o real, passando a expressar as idéias de forma abstrata. Talvez este caminho para a abstração- para a imagem que não é realista- tenha sido apressada pela invenção da fotografia, do cinema e da televisão. Esses meios conseguem uma fidelidade muito grande em relação a realidade. As descobertas científicas também levam o artista a procurar novas formas de expressão, já que novos conhecimentos trazem novos questionamentos e inquietações. Quando você observa um quadro abstrato, onde as figuras não são facilmente identificáveis, tem de olhar com outros olhos, com outros critérios, com outras expectativas. Nesse caso, as sensações que o quadro provoca são mais importantes que as informações que pode fornecer.

Olhar

A arte é uma forma de interpretação do mundo. Quando um artista produz uma obra, ele está colocando nela sua própria visão do que é o ser humano e de qual é o significado da nossa existência. Sua percepção da realidade passa por um filtro da emoção e da sensibilidade.

Ciência

Podemos dizer que a arte é uma forma de conhecimento que tem semelhanças e diferenças em relação à ciência. Ambas são formas de compreensão do mundo, sendo que, na ciência, predominam a análise, a pesquisa e o raciocínio lógico, além de exigir um pouco da imaginação, pois o cientista procura o que ninguém ainda sabe. Para isto ele usa uma boa dose de criatividade ao estabelecer suas hipóteses. As duas formas de conhecimento transformam o mundo, antecipam o futuro, pois são inovadoras e descortinam uma nova maneira de ver.

Evolução

As manifestações artísticas e o modo como compreendemos e representamos a vida, sofrem influência das descobertas e invenções científicas. Tudo transforma a arte, desde a invenção de novas tintas, de novas técnicas (fotografia, cinema, televisão, vídeo, computador...) até a de novas formas de fabricação de materiais. Todas as formas de acontecimento influenciam as pessoas e a sua maneira de ver o mundo e, portanto, interferem na expressão artística.

Objetivo

A arte tem várias funções na sociedade e na cultura: interpretar o mundo; provocar emoção e reflexão; expressar o pensamento e a visão do mundo do artista; explicar e refletir a história da humanidade; questionar a realidade; representar crenças e homenagear deuses, pessoas, fatos, idéias entre muitas coisas.

A experiência estética que a arte proporciona é uma forma de felicidade muito especial porque é transformadora. Ela nos modifica pela emoção. Para interagir e apreciar a arte usamos nossas experiências anteriores; a percepção; habilidades comunicativas, visuais e espaciais; informações; sensibilidade; imaginação. Assim, quanto mais desenvolvermos estas capacidades, competências e habilidades, mais nos aproximaremos do mundo da arte.

Texto transcrito do livro "Explicando a Arte".
Veja matéria completa no grama do site.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Eri Johnson- Um Zeca Pagodinho da Portelinha






Convidado por Wolf Maya, diretor da novela, para viver o sambista que adora uma "birita", Eri conta que não teve nenhum preparo especial na hora de compor o personagem. "Não sei fazer laboratório", admite, aos risos. Mas Eri revela que se inspirou em um conhecido sambista: Zeca Pagodinho.

Trejeitos
Seu amigo de longa data, Eri procurou incorporar seus trejeitos e seu modo de falar. "A preocupação foi colocar no Zé da Feira a essência do Zeca, o respeito que ele tem pela família, pelos amigos", conta o ator. Costumo ensaiar com o Zeca, que me dá vários toques. Ele é um grande amigo! Também participei de alguns musicais do Wolf Maia. Sem contar que quando vou ao show de algum amigo, acabo subindo no palco para fazer uma brincadeira.”E a atuação de Eri tem sido aprovada pelo próprio Pagodinho.

Elogios
Outro dia, o músico ligou para o ator elogiando sua performance na cena em que Zé da Feira coloca fogo na Portelinha. "O Zeca me ligou e disse: pô, bebedeira total, 'cumpade!' Pior é que você fica transfigurado, fica outra pessoa", conta, imitando a maneira de falar do pagodeiro. Acostumado a interpretar tipos bem-humorados, Eri conta que Zé da Feira é um personagem especial. Até porque, na hora de interpretá-lo, ele tem de dosar muito bem drama e comédia. "Tenho consciência de que estou representando um alcoólatra e que, como tal, tem uma baita responsabilidade social. Mas fico louco quando aparece uma brecha para a comédia", confessa, aos risos.

Veja matéria completa no uol notícias e o fuxico.